sexta-feira, 30 de abril de 2010

Será que vai chover?

Jennifer saiu para dançar na noite e encontrou Nuno. Eles ficaram acordados juntos até o DJ recolher seus discos e meses depois ele ainda não a procurou. Um amor platônico dali nasceu. 
Passado tanto tempo e calejada de tanto Lulu Santos nos ouvidos (“Eu te amo calado como quem ouve uma sinfonia...”), ela decidiu libertar-se das expectativas e escolher que lugar ocuparia no mundo. Afinal, quem não tem dinheiro para terapia recebe a vendedora da Avon e encomenda batom e “Por que os homens amam as mulheres poderosas?”. 

Ela leu, grifou algumas passagens, tomou notas e decidiu. Mandou um recado por uma amiga, que poderia vê-lo ainda aquele dia. 

- Diga que perguntei por ele e gostaria de vê-lo de novo.

- Qualquer dia?

- Pode ser domingo.

“Jennifer? Que Jennifer?”, devia ser alguma amiga da Mari com quem ele tivesse saído algum dia. Quem quer que fosse, não foi importante. Ele poderia lhe dizer que seu sobrinho nasceu, depois seus pais vieram visitar o bebê e ficaram na casa dele e daí depois... Mas já tinha conversado com a testemunha de Jeová que o abordou no ônibus. Então confessou:

- Olha, Mari, a Jennifer, de novo, só num dia de chuva.

Um comentário:

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