terça-feira, 30 de novembro de 2010

Conselho de amigo


Apenas para o meu bem fui proibida de ouvir minha canção preferida. A recomendação do amigo, cheio de boas intenções, era que assim deixaria de me lembrar do meu ex amor. Contrariada, obedeci – já havia passado do ponto de recusar ajuda. Imediatamente, a voz sabotadora de Luíza Possi começou a tocar em minha cabeça em um "repeat" infinito.

Se entendesse de medicina poderia cogitar que fosse meu organismo rejeitando aquela ideia estranha. Lembrei-me de uma tia que no período adolescência acreditava que todas as músicas de Roberto Carlos haviam sido compostas para ela.

Minha mente travou naquela música. Não que eu tenha algo contra. O meu humor reage imediatamente bem aqueles versos (“Você me faz bem/ quando chega perto/ com esse seu sorriso aberto...) . 

Mas ele tinha razão. Há músicas que nos prendem. Ou que deixam um gosto na boca. De vodca, de beijo na testa, de sal de lágrima. 

Foi numa dessas que enterrei minha melhor dose de Joss Stone. 

Antes que eu tivesse uma recaída, tratei de instalar um antivírus. Toquinho. Sheryl Crow. Daniela Mercury. Green Day. Mombojó. Apocalyptica... E Diana Krall.

Loira, canadense, quarentona, cantora de jazz. Poderosa. Veio ao Brasil há pouco tempo... Guardem esse conselho pra vender depois: Diana Krall.

Os acordes de piano de “Just the way you are” são apenas meus. Sensuais, desconfio que já procuram alguém para que eu compartilhe a posse.

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Desculpem o sumiço crônico. Excesso de trabalho, mesmo.

Agora, melhor adaptada à nova rotina, pretendo continuar escrevendo.

Beijos
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